POSTER 14 – “RESCUE” TROMBÓLISE EM DOENTES COM TROMBOEMBOLIA PULMONAR SOB RIVAROXABANO”

Ana Vera(1);Rui Baptista(1);Patrícia Alves(1);Sílvia Monteiro(1);Francisco Gonçalves(1);Mariano Pego(1)
(1) Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

INTRODUÇÃO:
O tromboembolismo venoso (TEV) é 3ª doença cardiovascular mais frequente com uma incidência anual de 100-200 por 100 0000. A abordagem terapêutica do TEV sofreu profundas alterações nos últimos anos, em virtude da introdução dos novos anticoagulantes orais (NOACs). A evidência na literatura sobre a utilização de NOACs e trombólise é ainda muito escassa.Pretendemos um série de 2 casos de doentes admitidos por TEP de risco intermédio alto, em que se iniciou ACO com um NOAC e com necessidade de “recue” trombolise por evolução clinica desfavoravel.

Caso 1
Doente de 56 anos, género feminino. Admitida na Unidade de cuidados intensivos coronários (UCIC) por TEP de risco intermédio alto [sPESI=1, TnI 0,110 (N<0,056); BNP398,9 (N<100), EcoTT:VD alargado com hipocinésia relativa do segmento basal e médio]. Iniciou ACO com Rivaroxabano 15 mg 2id. A doente evoluiu desfavoravelmente, tendo iniciado fibrinólise com alteplase com excelente resposta e sem registos de complicações. Teve ao 6º dia de internamento sob ACO com Rivaroxabano no esquema recomendado.

Caso 2
Homem de 74 anos. Admitido na UCIC com o diagnostico de TEP de risco intermédio alto [sPESI=2, troponina I0.160, BNP1182, VD dilatado, com movimento paradoxal do SIV, TAPSE 14mm, PSAP 120 mmHg]. Iniciou ACO com Rivaroxabano 15 mg 2id. Ao 3º dia de internamento o doente apresentou agravamento clinico e gasimetrico. Iniciou trombolise com alteplase, com excelente resposta clinica e analítica, sem registo de complicações hemorrágicas. ALta ao 8º dia de internamento com varfarina.

DISCUSSÃO:
Os resultados dos ensaios clínicos com NOACS mostraram não inferioridade (em termos de eficácia) e possivelmente maior segurança ( risco de hemorragia major) em relação ao regime standard Heparina/antagonistas da vitamina K. De acordo com a estratificação de risco proposta pelas Guidelines da ESC, doentes com TEP em que o ecoTT mostre sinais de disfunção VD, elevação das troponinas são classificados num grupo de risco intermédio alto. A trombolise, como terapêutica de reperfusão primária pode prevenir a descompensação hemodinâmica e colapso nestes doentes, contudo este benefício é contrabalançado por um elevado risco de eventos hemorrágicos major. Deste modo, a trombólise não está recomendada como terapêutica de primeira linha em doentes de risco intermédio alto, mas deve ser considerada se surgiram sinais de descompensação hemodinâmica. Apenas recentemente a combinação de NOACs e trombólise tem sido reportada, em virtude de todos os estudos com NOACs terem excluído doentes submetidos a trombólise.

CONCLUSÃO:
Os autores apresentam uma serie de 2 casos de Tromboembolia pulmonar de risco intermédio alto em que foi iniciada anticoagulação oral com um dos novos anticoagulantes orais, tendo sido usada “rescue” trombólise.

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